Itupararanga:

Você conhece as estruturas da barragem de Itupararanga?

A Barragem de Itupararanga é composta por três estruturas principais:

  • Arcos: Projetados para permitir o fluxo de água livremente quando o nível da represa atinge 73,80%.
  • Tomada de água: Estrutura que conduz a água da represa para o canal de adução.
  • Canal de adução: Canal que transporta a água para a Usina Hidrelétrica de Itupararanga e para a represa do Clemente, onde ocorre a captação de água para Sorocaba.

Importante: O Reservatório de Itupararanga não possui comportas. É um reservatório de soleira livre, ou seja, quando a água alcança a base do arco com volume de 73,80%, ela transborda até chegar ao Rio Sorocaba, fluindo livremente ao lado do canal de adução.

A CBA segue a Política Nacional de Segurança de Barragens. Em resposta a acidentes anteriores, como os de Mariana e Brumadinho, foram estabelecidas leis para assegurar a operação segura das barragens. Atualmente, a gestão das barragens no Brasil segue as Leis Federais nº 12.334/2010 e nº 14.066/2020 (Que constam na aba de Documentos de nosso Site), que abordam barragens de rejeitos, acumulação de resíduos industriais e acumulação de água, como é o caso de Itupararanga.

Conforme essa legislação, a CBA não opera a represa em sua capacidade máxima de armazenamento, como era feito anteriormente. As leis mencionadas transformaram significativamente a gestão dos reservatórios, incluindo a Represa de Itupararanga, onde a CBA mantém o máximo de água possível dentro dos limites de segurança.

A represa opera com uma margem de segurança estabelecida pelo Plano de Ação de Emergência (PAE), que faz parte do plano de segurança de barragens. A ARSESP, órgão estadual, e uma empresa credenciada pela ANEEL fiscalizam periodicamente a barragem.

A CBA informa que a instalação de placas nos arcos para aumentar a capacidade de armazenamento de água é determinada pela Reavaliação Periódica de Segurança (RPS), um documento normativo da ANEEL que define o nível de transbordamento para atender aos critérios de segurança.

A operação atual visa armazenar água de forma controlada, mantendo a capacidade de absorver picos de chuva e evitar transbordamentos indesejados. A CBA ajustou a vazão defluente para garantir que o reservatório não atinja a cota mínima de 817,50m, mesmo durante períodos de seca.

A cota segura de 823,83 metros permite prevenir crises hídricas e proteger contra eventos extremos de chuva. A estrutura da barragem e as cidades a jusante não correm riscos de colapso. A Represa de Itupararanga é classificada como de baixo risco e opera normalmente, com monitoramento constante.

O vertimento de água é um processo normal e esperado para o reservatório, não representando riscos para a estrutura da barragem ou controle de vazão. Todo o processo é gerido para garantir a segurança e a sustentabilidade hídrica da região.

Fonte: SOS Itupararanga – Informativo